
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) defende o legítimo direito dos povos a decidirem soberanamente o seu rumo de desenvolvimento – um direito consagrado na Carta das Nações Unidas e no Direito Internacional –, uma sua posição de sempre que é tão mais importante reafirmar no momento em que se intensifica uma aberta e descarada ameaça, a pressão, a chantagem, o bloqueio e a interferência sobre a República Bolivariana da Venezuela, que visa atingir e agravar as condições de vida do seu povo.
O não reconhecimento do Presidente democraticamente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, é mais um episódio do longo processo de ingerência e desestabilização promovido e levado a cabo pelos Estados Unidos da América e pela oligarquia venezuelana e que dura há 20 anos, tantos quantos tem a Revolução Bolivariana – o golpe de Estado contra o Presidente Hugo Chávez em 2002, a sabotagem da empresa estatal de petróleo PDVSA, o terrorismo, o bloqueio e as sanções económicas e diplomáticas foram e são métodos utilizados para dificultar a acção e, se possível, derrubar o poder bolivariano, as instituições legítimas do país, sufragadas democraticamente ao longo de 20 anos.