A República Bolivariana da Venezuela e o seu povo permanecem um alvo prioritário, sendo vítimas de uma vasta manobra de desestabilização externa e interna contra este país.
Campanhas de desinformação nos meios de comunicação dominantes à escala internacional pretendem apagar inegáveis avanços e conquistas populares nos domínios político, económico, social e cultural alcançadas nos últimos 18 anos, apesar das dificuldades e efeitos negativos sentidos na actualidade pela economia venezuelana, resultantes em grande medida da baixa dos preços do petróleo e da crise económica que se faz sentir ao nível mundial.
As mesmas forças retrógradas internas que, em 2002, protagonizaram o golpe de Estado para afastar o Presidente Hugo Chávez e derrubar a ordem constitucional nascida da nova Constituição bolivariana de 1999, continuam a pactuar hoje com os interesses e objectivos dos EUA e a sua política de ingerência e desestabilização, promovendo o boicote económico, a especulação cambial, a sabotagem e desorganização de serviços e redes de abastecimento, naquela que justamente é identificada como uma autêntica guerra económica contra a Venezuela.
Todos os meios são válidos para comprometer a legitimidade do governo venezuelano, e as políticas que têm desenvolvido a favor dos trabalhadores e do povo, as quais têm tirado milhares de pessoas da exclusão social e passar a falsa imagem de uma Venezuela internacionalmente isolada.
Em cínica manobra de distorção e inversão da realidade, a nova Administração norte-americana mantém vigente a ordem executiva de Obama que inaceitavelmente considera a Venezuela uma «ameaça incomum e extraordinária» para a «segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos», tal como mantém as sanções e as ameaças militares contra este país sul-americano.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) e o seu Secretário-geral Almagro, fazendo jus a uma história de conivência com as mais elementares violações da soberania, democracia e direitos humanos na América Latina e Caraíbas, clamam pela ingerência directa através da instrumentalização da denominada Carta Democrática Interamericana contra a República Bolivariana da Venezuela – manobra intervencionista contra um Estado soberano que é apoiada pela oposição parlamentar venezuelana.
Nestas circunstâncias, impõe-se a mais ampla denúncia e repúdio de tais actos e intentos praticados contra um Estado e um povo soberanos.
Assim, reconhecendo a gravidade dos propósitos desestabilizadores que atentam contra a soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela, num quadro de crescentes ingerências e ameaças aos direitos dos povos na América Latina e Caraíbas, com o objectivo de restaurar a hegemonia dos EUA e da ordem neoliberal nesta região, as organizações subscritoras:
- Manifestam a solidariedade com a Revolução Bolivariana, os trabalhadores e povo venezuelanos, sublinhando a importância do seu percurso emancipador de intensas lutas e jornadas de mobilização popular, de enorme significado para as mudanças e avanços soberanos e progressistas alcançados nos últimos anos na América Latina e Caraíbas;
- Repudiam as constantes tentativas das forças contrárias ao progresso social para subverter a ordem constitucional bolivariana e derrubar o Governo legítimo da Venezuela e apelam ao desmascaramento das manobras de desestabilização e campanha desinformativa em curso;
- Reafirmam o direito do povo venezuelano a decidir soberanamente sobre o seu destino em condições de paz e livre de quaisquer ingerências e pressões externas.
As organizações subscritoras (até o momento):
-CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação
-CGTP-IN - Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
-MDM - Movimento Democrático de Mulheres
-AAPC - Associação de Amizade Portugal-Cuba
-FNSTFPS - Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
-JCP – Juventude Comunista Portuguesa
-STEFFAS – Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa
-STIHTRSN – Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte
-Associação Água Pública
-FESAHT – Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
-USL/CGTP-IN - União dos Sindicatos de Lisboa
-FIEQUIMETAL - Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas
-USNA/CGTP-IN – União dos Sindicatos do Norte Alentejano
-STML – Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa
-CPQTC – Confederação Portuguesa dos Quadros Técnicos e Científicos
-Mó de Vida – Cooperativa