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Decorreu no passado Sábado, dia 9 de Janeiro, o magnífico Concerto pela Paz, que esgotou o Teatro Municipal Rivoli, no Porto.

 

Organizado pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, nele participaram inúmeros artistas e associações culturais da zona do Porto, num total de mais de 200 pessoas que actuaram em Palco.

Foram numerosas as crianças e jovens do Bando dos Gambozinos, dirigidos por Susana Ralha, e da Orquestra Juvenil da Bonjóia com o grupo de danças africanas, acompanhados ao piano por Ana Maria Pinto, até aos coros de professores (Grupo Vocal Canto Décimo e Coro Vox Populi) dirigidos por Guilhermino Monteiro, um dos responsáveis pela organização do Concerto, aos jovens do Balleteatro, as jovens Cantadeiras do NEFUP e o Coral de Letras da Universidade do Porto, acompanhado ao piano por Fausto Neves, e dirigido pelo seu maestro de sempre José Luis Borges Coelho. Mas o Concerto pela Paz contou também outras intervenções de grande qualidade, destacando-se a pianista Joana Resende e a cantora lírica Ana Maria Pinto, a jovem guitarrista Mafalda Lemos, os artistas João Lóio e Regina Castro e o cantor e pianista Jorge Palma, que culminou o Concerto com grande entusiasmo do público que manteve o Rivoli lotado durante três horas de espetáculo.

O Concerto foi apresentado pela actriz Rebeca Cunha e teve ainda um momento de poesia do escritor e poeta José Pedro Gomes e a intervenção de Ilda Figueiredo, que, em nome do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), de que é presidente da Direcção Nacional, saudou e agradeceu calorosamente aos artistas e associações presentes naquele magnífico Concerto pela Paz, salientando que a sua realização só foi possível com o empenhamento de todos os artistas e grupos que ali intervieram. Agradecimento também extensivo à Câmara Municipal do Porto, com quem o CPPC estabeleceu um protocolo de cooperação, ao seu Pelouro da Educação, ao Teatro Municipal Rivoli e aos seus técnicos que, em conjunto com o CPPC, montaram o espectáculo e a exposição, patente no átrio do Rivoli, dos belos trabalhos sobre a Paz elaborados por alunos de escolas do Porto.

O CPPC irá realizar outras iniciativas dando particular atenção às actividades de educação e do desenvolvimento de uma cultura de Paz, de que é exemplo este Concerto pela Paz, sem dúvida um marco muito importante nas actividades do CPPC, a que se seguirá um outro Concerto pela Paz, a realizar no próximo dia 18 de Março, no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia, em colaboração com a respectiva autarquia e colectividades.

Intervenção de Ilda Figueiredo
(Presidente da Direcção Nacional do CPPC)

Minhas Senhoras e Meus Senhores

Estimadas Amigas e Amigos da Paz (permitam-me que os refira assim)

Em nome da Direcção do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) saúdo todas as pessoas presentes neste magnífico Concerto pela Paz, no Teatro Municipal Rivoli, só possível com o empenhamento de muitos artistas e grupos que aqui intervêem hoje, envolvendo mais de 200 pessoas, e para quem vai o nosso caloroso agradecimento.

Agradecimento que é também extensivo à Câmara Municipal do Porto, com quem o CPPC tem um protocolo de colaboração, em especial ao Presidente e à Vice-presidente, ao Pelouro da Educação, ao Teatro Municipal Rivoli e aos seus técnicos que, em conjunto connosco e com Guilhermino Monteiro, montaram este espectáculo que esperamos vos agrade a todos.

Certamente também já viram a exposição, no átrio do Rivoli, dos belos trabalhos sobre a Paz de alunos de escolas do Porto, a quem muito agradecemos, incluindo alunos professores e direcções das escolas. É uma colaboração que esperamos continuar, designadamente com as três exposições do CPPP que podem circular pelas escolas.

Este Concerto pela Paz realiza-se um contexto particularmente complexo no plano internacional, com graves conflitos, guerras e agressões em muitas zonas do mundo, particularmente no Médio Oriente e em África, e graves ameaças à Paz noutras zonas, desde a América Latina à Ásia, mas incluindo na Europa, sem esquecer o drama dos refugiados e as vítimas das políticas injustas e agressivas, que também em Portugal e noutros países europeus, agravaram desigualdades sociais e aumentaram a pobreza, o que exige de todos os amantes da paz uma redobrada atenção e empenhamento na defesa da justiça, da liberdade, da democracia e da Paz de acordo com os valores de Abril.

Como definimos recentemente na nossa Assembleia da Paz, realizada a 19 de Dezembro, com o lema "A Paz é possível! Todos pela Paz!”, continuaremos a contribuir para o reforço do movimento da Paz em Portugal, a lutar contra a guerra e o militarismo, a desenvolver acções de solidariedade e cooperação com os povos de todo o mundo, o que também depende da participação e empenhamento de todos os aderentes e amigos desta nobre causa da Paz.

A nossa convicção é que, com a vossa participação empenhada neste Concerto, podemos afirmar, a muitas vozes, a nossa indignação face às guerras de agressão e expressar, a muitas vozes também, a nossa solidariedade com os povos vítimas do colonialismo, de actos de ingerância externa e de conflitos armados, de injustiças e desigualdades sociais, da opressão, dos desrespeito da sua soberania e independência nacionais. E dizermos todos PAZ Sim! Guerra Não!

Em vez de conflitos armados, guerras, ingerências, novos colonialismos e corrida aos armamentos, reafirmamos aqui o nosso compromisso com a Paz, tendo por base o artigo 7º da Constituição da República Portuguesa e a Carta da Nações Unidas, na exigência do fim das armas de destruição massiva, incluindo as armas nucleares, o fim da corrida aos armamentos e da militarização das relações internacionais, a exigência da dissolução dos blocos político-militares, a promoção dos valores de Abril também na política externa portuguesa, na defesa da cooperação e amizade entre os povos de todo o mundo, preconizando a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras de agressão, domínio e exploração. Queremos uma ordem internacional capaz de assegurar a justiça nas relações entre os povos, na defesa da emancipação e progresso da humanidade.

Este ano iremos assinalar o 40º aniversário da aprovação da Constituição da República Portuguesa pelo que significa de contributo para a Paz, dando particular atenção às actividades de educação e do desenvolvimento de uma cultura de Paz, de que é exemplo este Concerto pela Paz, sem dúvida um marco muito importante nas nossas actividades, e o primeiro realizado em colaboração com a CMP, dando continuidade ao que promovemos em Lisboa, no final de 2014, com o apoio das Câmaras Municipais de Loures e de Lisboa. Hoje, aqui, posso já anunciar que no próximo dia 18 de Março teremos outro Concerto Pela Paz, no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia em colaboração com a respectiva autarquia e colectividades e artistas.

Mas muitas outras iniciativas irão decorrer na luta pela Paz

Um bom Concerto. Pela paz, todos não somos demais.