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Decorreu, no dia 30 de Janeiro passado, o Seminário sobre "Os desafios da paz no mundo actual', promovido pelo Movimento da Paz francês e a CGT, em Paris, em que participaram cerca de 150 pessoas, diversos dirigentes de organizações da Paz, de sindicatos, jornalistas e outras áreas da cultura e do trabalho de alguns países como Alemanha, Argélia, Reino Unido e Tunísia. De Portugal, em representação do CPPC, esteve Ilda Figueiredo, que interveio na mesa redonda “Segurança – de que segurança se fala?”.

Ali estiveram em debate questões como as causas e os responsáveis pela situação internacional actual, designadamente as agressões, ingerências e guerras que atingiram o Médio Oriente e África, obrigando milhões de pessoas a deslocarem-se e a fugirem em condições trágicas para outras regiões, incluindo países da União Europeia. Ali se sublinhou a necessidade de lutar pelo cumprimento da Carta das Nações Unidas e pelo cumprimento dos direitos humanos dos refugiados, pelo fim das políticas de guerra e ingerência, pelo fim das políticas neocoloniais, pelo respeito da soberania e independência dos Estados, pelo decidido combate à pobreza e por políticas de real solidariedade e cooperação para o desenvolvimento.

Ali se referiu que a segurança exige que se ponha cobro à ofensiva crescente contra os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, à liquidação de direitos dos trabalhadores, às limitações e violações antidemocráticas do pluralismo e da liberdade de expressão política, fruto da acentuação de políticas, métodos e atuações de cariz securitário e repressivo, de que a França, e a Dinamarca são alguns dos exemplos mais recentes.

Mas igualmente se defendeu que se ponha fim às medidas economicistas, ditas de austeridade, ditadas pela obsessão do défice, que atingem áreas centrais do Estado, que põem em causa o normal funcionamento dos tribunais e das forças e serviços de segurança e atingem o direito de acesso à justiça, à segurança e tranquilidade públicas.

Reafirmou-se a defesa da democracia e das liberdades, baseada nos princípios do regime democrático com o aprofundamento dos direitos, liberdades e garantias fundamentais e o reforço da intervenção dos cidadãos na vida política, o desenvolvimento e progresso social, a cooperação e paz, apelando-se ao reforço do movimento da Paz no plano europeu e mundial.